sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Crises de carreira que atrapalham mulheres bem-sucedidas

Confira os aspectos que atrapalham a continuidade da carreira das executivas que chegam ao topo e as dicas para reverter o cenário negativo


O topo da carreira pode ser solitário. Em cargos superiores a cultura ainda é dominada pelos homens e essa experiência de solidão é assustadora ao ponto de colaborar para a evasão de cérebros femininos do alto escalão das empresas. Estudos indicam cinco aspectos que atrapalham a continuidade da carreira de sucesso das mulheres bem como a sua felicidade trabalho:



Networking fraco

A dupla jornada que muitas mulheres enfrentam é um fator limitante para o investimento na rede de contatos. Para as mulheres há uma cobrança interna maior. Elas ficam na dúvida entre sair para jantar com os colegas de trabalho ou jantar com seus filhos em casa, por exemplo.

E, depois de encarar um expediente longo, as executivas, em geral, preferem ir para casa, onde esperam seus filhos, marido. Além disso, apesar dos inegáveis avanços culturais, grande parte das tarefas domésticas ainda é prioritariamente responsabilidade delas.

Com tudo isso em mente, é mais raro encontrar tempo para happy hours ou para eventos e reuniões informais fora do horário de trabalho.

A regra geral do networking é “quem não é visto não é lembrado” e falando desses aspectos os homens acabam saindo na frente, já que são menos vítimas desta cobrança interna ou externa por mais tempo em casa. Deve-se planejar e balancear a agenda para deixar um espaço e investir no networking sem que isso signifique prejuízo para as relações familiares.


Contar com um único mentor

Mulheres têm propensão a manter um único mentor profissional, geralmente encarnado na figura do chefe. Esse aspecto vem desde a escola: enquanto as meninas geralmente gravitam em torno de uma única amizade (da melhor amiga), os meninos crescem em turmas e times.

O homem navega melhor pelo ambiente profissional, faz mais alianças, enquanto a mulher é mais leal ao seu único mentor. Uma possível solução pode ser o fato de que as mulheres podem pedir conselhos pontuais a profissionais de todos os níveis, (de júnior a sênior), para resolver questões específicas.


Pouca credibilidade

O endurecimento das reações e a intransigência das manifestações são mecanismos de defesa usados por mulheres em altos cargos executivos. Outras, para evitarem erros preferem seguir carreira de especialista ao invés de disputar os cargos de gestão.

Ao chegar ao topo a mulher se impõe, para poder se sobressair ela tem que ser a mais eficiente, mais dura, mais assertiva e se posicionar de forma mais objetiva. Este tipo de reação não traz a almejada credibilidade que a cadeira de líder requer. O aspecto político geralmente presente nos homens é mais efetivo neste sentido. Mesmo que ele não seja o melhor, seja apenas bom, ele continua crescendo. A credibilidade é uma consequência de um trabalho bem feito e de uma reputação profissional bem cuidada. 


Falta de autenticidade

Líderes autênticos são marcantes. O que acontece é que muitas mulheres acabam perdendo a autenticidade na tentativa de criar um clima mais confortável entre seus colegas homens. Elas acabam criando uma máscara, mas em longo prazo começam a se questionar se vale ou não a pena. Este comportamento adquirido é estimulado pela insegurança, mas a nova maneira de agir pode prejudicar a imagem profissional.

É preciso prestar atenção para não demonstrar ser o que não é. A sinceridade no modo de agir é sempre o melhor caminho.


Solidão

Esse aspecto consiste na sensação de ser um “peixe fora d´’água”. Entre colegas homens, a mulher se sente sozinha. A falta de autenticidade na maneira de se comportar só vem a reforçar o sentimento de solidão dentro do grupo. Para amenizar esse sentimento, elas devem ter consciência para experimentar dele e ser esse o primeiro passo para reverter o quadro. 


Por: Camila Pati 

Fonte: Exame.com



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