terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Para inovar, questione as regras sagradas



Veja como as suposições influenciam nossa mente e limitam nossa criatividade.



Com muita frequência, nos baseamos em suposições para tomada de decisões. As suposições cobrem as lacunas criadas pela ausência ou insuficiência de dados. Algumas se mostram adequadas e outras não. As suposições inadequadas são abandonadas e as adequadas passam a integrar os paradigmas que norteiam nossa vida e nossas decisões. No entanto, raramente percebemos que elas são como uma faca de dois gumes. Se de um lado nos ajudam a tomar decisões, de outro lado acabam por criar limitações de como vemos, percebemos e interpretamos mundo que nos cerca e as mudanças que estão ocorrendo. A situação se agrava quando deixamos de perceber que algumas suposições se tornaram ultrapassadas. 



Verifique o prazo de validade de suas suposições

Todos nós temos suposições que agem como filtros da realidade que nos cerca e criam limitações ao pensamento criativo. Como não podemos dispensá-las totalmente, é imprescindível verificar periodicamente o prazo de validade de nossas suposições. Temos a tendência de estender a vida útil daquelas suposições que se mostraram valiosas em alguma ocasião. Quanto mais bem sucedidos, mais nos apegamos ao que deu certo no passado.


Para inovar, questione as suposições e mude as regras

O primeiro passo, e às vezes o mais difícil, é identificar as suposições que fazemos sobre determinado assunto. Não se engane, seja qual for o assunto, você tem suposições sobre ele, conscientes ou inconscientes:

  1. No exame de uma nova oportunidade de emprego, você faz suposições sobre o futuro da empresa, a evolução de seu mercado, as oportunidades de crescimento profissional, a sua adaptabilidade ao novo ambiente, etc. 
  2.  
  3. Na decisão sobre o lançamento de um novo produto, você faz suposições sobre as preferências dos consumidores, os nichos de mercado mais promissores, as vantagens e desvantagens dos concorrentes, etc.

O passo seguinte é questionar estas suposições e tomar consciência das limitações e bloqueios que elas criam para a sua criatividade. Neste processo, você pode usar a ferramenta “Questionamento de Suposições”.

O setor de transportes aéreo oferece alguns belos exemplos de rompimento com suposições ultrapassadas e quebra de regras tradicionais:


  1. As companhias aéreas abandonaram o paradigma de um preço único e fixo para um determinado trecho. Já há algum tempo, as tabelas de tarifas aéreas oferecem preços variados conforme o dia da semana, o horário da viagem e a ordem de reserva.
  2. O bilhete de passagem aérea era um documento imprescindível. Se fosse perdido, sua viagem estava comprometida. Hoje, basta apresentar sua carteira de identidade.

Pode parecer que são mudanças triviais, mas na verdade, exigiram o rompimento com regras vigentes há quase 100 anos. Essas regras tinham sido estabelecidas com base em suposições que se tornaram inadequadas com o tempo por uma ou várias razões: inovações tecnológicas, mudanças de hábitos, mudanças na legislação, pressão da concorrência, etc.


Muitas vezes, a criatividade se constitui no abandono de alguns conceitos arraigados e na procura de novas regras para o negócio. No questionamento de regras “intocáveis” estão as grandes oportunidades de inovação de processos e produtos e na criação de sólidas vantagens competitivas. E por último, separe os fatos dos preconceitos. Veja se suas opiniões são confirmadas pelos fatos, ou não passam de meros preconceitos.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Comportamentos essenciais para ser mais resiliente

Confira quais são os principais pilares comportamentais da resiliência, característica muito valorizada nos profissionais hoje em dia

Há algum tempo, a palavra resiliência deixou o campo da Física e ganhou importância como atributo pessoal em processos de seleção e de avaliação de profissionais. Usado para identificar aquelas pessoas que conseguem superar dificuldades e desafios e se fortalecerem  a partir destas situações adversas, o conceito de resiliência sempre esteve ligado à capacidade de flexibilidade de objetos e materiais que voltam ao estado natural após sofrerem pressão, como é o caso de uma mola, por exemplo. A importância da resiliência para carreira é grande. No fim do dia, quem cresce na empresa, além de ter competência, é quem, de fato, é resiliente.

O teste, elaborado pelas especialistas Tábata Cardoso e Maria do Carmo Fernandes Martins, tem como base uma escala de fatores - chamados de pilares - que contribuem para um comportamento potencialmente mais resiliente. Por ser uma qualidade que depende de fatores também externos, como educação, família e vivência, o teste não indica se o profissional é ou não resiliente, mas mostra a força das estruturas internas que apoiam este tipo de atitude. Confira quais são os pilares comportamentais em jogo na resiliência:

Encarar mudanças e dificuldades como oportunidades

É o que o teste identifica como aceitação positiva de mudança. É aceitar que a mudança é uma oportunidade de crescimento e que as adversidades enfrentadas trazem essa possibilidade.

Autoconfiança

É um comportamento relacionado à segurança que o profissional tem para encarar as diversas situações que se apresentam. É a pessoa se sentir confiante para enfrentar desafios.

Autoeficácia

Refere-se à percepção que a pessoa tem da sua própria capacidade. É acreditar na competência, se sentir capaz. Muitas vezes a pessoa pode até não ter potencial alto de inteligência, mas se tiver autoeficácia vai se esforçar além do normal para compensar eventuais deficiências.

Bom Humor

Neste contexto é analisada a capacidade de cada um de usar o bom humor para lidar com momentos de stress. Essas se esforçam para tornar o ambiente mais leve em situações difíceis.

Controle emocional

Ataques de ira não são próprios das pessoas flexíveis. Uma reação desproporcional mostra uma falta de resiliência. Ter esse controle permite ao profissional agir com mais calma e a não perder o foco, conseguindo expressar adequadamente suas emoções.

Empatia

Saber se colocar no lugar do outro é essencial para minimizar e solucionar conflitos, segundo os especialistas. No ambiente de trabalho, as relações podem ficar desgastadas porque são intensas e frequentes, por isso a importância da empatia é extrema.

Independência

É um conceito bastante próximo da autonomia. Pessoas independentes não se isolam mas também não são dependentes dos outros para desenvolver suas tarefas, atividades e projetos.

Otimismo

As pessoas com esta característica têm esperança no que está por vir em suas vidas. Mas não significa que não se preocupem com o futuro.

Reflexão

Ter a capacidade de analisar e refletir quando o mundo está desabando ao seu redor é um dos pilares que apoiam uma pessoa de atitude resiliente. Geralmente pessoas assim conseguem encontrar as melhores soluções para problemas.

Sociabilidade

Está ligada ao bom relacionamento interpessoal. Quem tem esta característica consegue criar vínculos com as outras pessoas além de apoiar e ser apoiado pela equipe.

Valores positivos

Pessoas que seguem seus valores e princípios acabam sendo mais resilientes. Não se trata de qual valor a pessoa tem e, sim, da importância que ela dá a eles. Cada um tem seus próprios valores, ter essa orientação é que é muito importante.

Por: Camila Pati

Fonte: Exame.com

Disponível aqui

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Onde buscar inspiração para empreender?

Para a ciência, inspiração é o processo de se fazer novas conexões com conhecimentos já existentes. Ou seja, é a capacidade de perceber, de ficar atento a todas as influências externas que nos rodeiam como informações, pessoas, lugares, situações e necessidades.

A busca por inspiração para empreender pode vir de cases de empresas, biografias e histórias de empreendedores de sucesso, e também, claro, de histórias de insucesso.

Ao ler e se imaginar na situação do empreendedor, mais do que conhecer o percurso que foi trilhado com todas as dificuldades e desafios, o importante é se colocar no lugar do outro e pensar o que você faria na mesma situação.

Outras formas de inspiração podem ser suas próprias experiências adquiridas ao longo da vida, pesquisas e estudos para acompanhar tendências, mudanças demográficas e sociais e ideias que deram certo em outros lugares. O empreendedor precisa ser pesquisador também.

Momentos inspiradores podem vir com maior frequência para aqueles que têm a capacidade da observação. As pessoas enxergam o mundo de maneiras diferentes, mas os empreendedores demonstram uma capacidade superior de ficarem atentos às informações ao seu redor.

São essas informações, ou insights, que são fundamentais na resolução de problemas ou identificação de oportunidades de inovação. Ser empreendedor é ter a capacidade de imaginar, desenvolver e realizar visões.

Sua inspiração pode estar te “rodeando” todos os dias, nas tarefas ou situações mais simples e triviais possíveis. Cabe a você perceber e ver além além de fazer o que você ama. Nada pode ser mais inspirador do que trabalhar com o que se gosta. 

Por: Cynthia Serva

Fonte: Exame.com

Disponível aqui.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

7 ideias para treinar sua equipe sem gastar nada



Veja sete opções para capacitar os funcionários e melhorar o desempenho deles dentro da organização

 

As pequenas e médias empresas podem aperfeiçoar o treinamento dos funcionários sem precisar gastar dinheiro com isso. Há uma série de estratégias eficazes ao alcance dos empreendedores para melhorar o desempenho da equipe.

São iniciativas que vão desde criar um programa de mentores e promover a circulação de profissionais por diversas áreas do negócio até organizar visitas a outras empresas para trocar conhecimento.

O ponto de partida é ter objetivos claros e definir qual é o resultado que se espera de cada tipo de treinamento adotado. Ter um foco muito bem definido é importante porque, mesmo sem dinheiro envolvido, certamente existe um investimento de tempo do profissional e dos gestores que precisa ser bem empregado. Veja a seguir alguns exemplos de treinamentos:
1 - Rotação de funções
Fazer com que os funcionários passem temporadas em diferentes áreas da empresa e conheçam sua rotina é uma forma de desenvolver as habilidades dos profissionais sem custo. O objetivo é que todos troquem experiências e funções.  A estratégia é útil para que os jovens talentos identifiquem com qual setor têm mais afinidade e prepará-los para assumir cargos de liderança. O empregado ganha uma visão privilegiada de como funciona toda a empresa.
2 - Palestra de funcionários
Uma forma engenhosa de treinar os funcionários é encarregar alguns profissionais com talentos específicos de compartilhar seus conhecimentos com os colegas. Pode ser uma oportunidade para ensinar até os novatos a usar programas e sistemas específicos da empresa.
Essa ação também pode ser usada quando o empregado faz um curso sobre um tema que pode interessar a mais gente, assim o aprendizado também é replicado com os outros funcionários. Pequenas e médias empresas em crescimento não podem desperdiçar nenhuma oportunidade de qualificar as pessoas.
3 - Grupos de estudo 
Organizar grupos de profissionais para discutir temas importantes para a empresa é outra ferramenta adotada para aprimorar o desempenho dos funcionários, sem que seja necessário gastar com isso. Podem ser feitos grupos de empregados e estagiários, por exemplo, para debater pontos “espinhosos” dentro da organização. É uma forma de manter a equipe atualizada sobre diversos temas.  
4 - Programa de mentores
Programas de mentoria ajudam as empresas a desenvolver funcionários e a manter na empresa os mais talentosos. Os profissionais mais experientes assumem o papel de mentores dos mais jovens, o que deve incluir a criação de metas e a cobrança de resultados. Cada funcionário que trabalha há mais tempo na empresa assume a tarefa de orientar um ou mais novatos, em reuniões semanais ou quinzenais, dentro ou fora da empresa. O programa de aconselhamento ajuda a alinhar as expectativas da empresa com a realidade do mercado.
5 - Treinamento com parceiros
Executivos, fornecedores e consultores que fazem negócio com pequenas e médias empresas em geral costumam se dispor a oferecer treinamentos rápidos, sobre temas específicos, de forma gratuita, para os funcionários do parceiro. O objetivo é que todos cresçam juntos. Fornecedores geralmente também têm interesse em mostrar aos funcionários dos clientes medidas que podem ser adotadas para ganhar escala e produtividade, fazendo o negócio crescer de forma mais acelerada. Assim, o fornecedor vende mais.
6 - Visitas a empresas
Empresas que mantêm algum tipo de parceria também podem promover visitas às outras, para discutir temas como questões ligadas à carreira e novos recursos de tecnologia disponíveis no mercado. Geralmente, boa parte do pessoal enviado para esses encontros é da equipe de recursos humanos do escritório. É uma iniciativa fundamental para acompanharmos a evolução do mercado de trabalho no que diz respeito a assuntos como benefícios oferecidos, plano de carreira e estratégias de motivação.
7 - Supervisão dos novatos 
Designar um funcionário experiente para mostrar a quem acabou de chegar à empresa o modo correto de executar atividades importantes da função é outra forma eficiente de treinar gratuitamente os funcionários. Pode-se colocar empregados e estagiários para trabalharem em duplas. O objetivo é que os mais novos aprendam rapidamente procedimentos de rotina e possam se desenvolver em pouco tempo.
Por: Fabrício Marques
Fonte: Exame.com